quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Dinheiro

Dinheiro.

Quando nascemos deparamo-nos regras primordiais que já existem à milénios, mas que nunca em alguma época foram úteis, ou postas em causa, a não ser para servir a ideia de poder.
É verdade que ditadura ou democracia são muito diferentes mas nem um nem outra nos serve de nada, enquanto vivermos dominados por um sistema capitalista, enquanto formos manipulados pelo dinheiro e todas as nossas ações forem direcionadas para ele.
Dinheiro é o mesmo que poder, permite que uns se humilhem na falta dele, e outros como seres superiores o usem para seu único e bel-prazer, aliando-se à corrupção para saciarem os seus desejos, é o efeito da lâmpada mágica, o dinheiro é o génio que concretiza todos os desejos. E quem não tem desejos? “O dinheiro compra tudo” pois bem, é uma verdade caso não o fosse não víamos tantas prostitutas na rua ou tantas pessoas a pedir, ou tantas crianças a passar fome ou mesmo as guerras que não passam de confrontos entre poderosos, não me venham falar em crenças religiosas, Deus independentemente daquele em que se acredita não tem nada a ver com isto, pois até o nome dele é usado para servir interesses de capitais. Resumindo permite que uns sejam superiores e outros inferiores, o que quero dizer é que os homens não nascem com direito iguais. Quando falo em corrupção não atribuo personalidades, falo nela como a maior aliada do dinheiro, pois todos os dias milhões de pessoas são corrompidas por ele. Tanto o que corrompe como o corrompido são vítimas dele, isto porque ambos procuram a resolução de um problema único, a escravidão da alma. O poderoso e o pobre, são ambos “Azeite do mesmo coco, farinha do mesmo saco, ração da mesmo gamela comida do mesmo prato” (Mestre Pinóquio).
O melhor ou pior não existe senão no mundo ficcional em que vivemos, a real realidade é outra, vivemos todos á procura da felicidade, e as estórias de cada um individualmente são importantes, a estória de cada um de nós é necessária exatamente na mesma proporção, o importante é que nos relacionemos, que nos conheçamos para podermos avançar com mais justiça e sem julgamentos.
Peço a cada um que ponha a mão na consciência e se pergunte se não seria melhor se todos fossemos livres do dinheiro?
O dinheiro controla-nos, quando foi criado para sermos nós a controlá-lo, para ser uma ferramenta que facilitasse, na hora de trocar consoante as necessidades de cada um, de igual para igual, espero que concordem comigo já que estamos muito longe desse ideal, que hoje ele não passa de um elemento de auto destruição humana.

Ruben Moreira

sábado, 20 de outubro de 2012

O tempo é pior enimigo da liberdade,
Ele não existe para ser contado.
Vamos acabar com o motor da verdade
Saltar de estado em estado
Viver o sol, dormir na lua e acurdar com boa vontade.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Artesanato


Artista é um pedreiro que pacientemente é capaz de estender uma calçada com pedras informes, desproporcionais, capaz de se aninhar durante toda a vida, para que possamos todos acreditando ser alguma coisa, cada um acreditando na sua coisa, caminhar elegantemente.
É viver em função dos outros esquecendo-se de si próprio, ou de sequer sonhar, um artista vive agindo por impulsos, correndo para além das palavras, é filósofo, psicólogo, carpinteiro, encaixa pedras, etc…
Um artista acorda perifericamente disponível, vive em arte sem nunca o perceber.
Artista é uma palavra que enche, incha, destrói se adquirida como titulo e para além da palavra, é uma pessoa comum, igual a todas as outras pessoas comuns, não é mais nem sequer menos.
Artistas somos todos nós basta existir e já que se existe ao menos que seja com arte. 

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

No passado fomos, no futuro seremos, no presente vivemos. Independentemente daquilo que contamos a nós mesmos, do que tivemos coragem e fomos capazes, do que tivemos medo e fomos incapazes, das historias que os outros contam sobre nós ou das historias que contamos a nós mesmos ou então as historias que contamos sobre nós aos outros, deriva aquilo em que acreditamos a nossa visão, na nossa realidade, do nosso intimo e discreto ser.
Acreditamos constantemente, acreditamos e não pomos em causa, porque o que passou nos dá dados concretos do que é a realidade, ou então o que passou foi um mero acaso de acções e condicionantes da real realidade que não é visível apenas numa vertente, num género num individuo, numa verdade, numa realidade.
Podemos, sem pôr em questão, avistar o futuro, ver dentro do passado e imaginar o que dele será, fazer planos, construir castelos, sonhar...
O inevitável existe, o inesperado espera-nos, o indesejado também e nós de-sejamo-lo e tudo corre pelo pior, nada controlamos e queremos descobrir o por quê, voltamos atrás vezes sem conta, só para reconstruir as historias e ver outra ver e outra vez o que já vimos para termos a certeza de que a culpa não é nossa de que somos seguros das nossas acções porque sabemos perfeitamente quem somos e de onde vimos e cometemos o mesmo erro, tornamo-nos parte de um ciclo de 60 segundos uma hora vinte e quatro, 365 dias, a terra em volta de si mesma e à vota do sol ao mesmo tempo. Para nos fazer existir, para nos mostrar que a roda gira e gira e nos fazer lembrar que o presente também existe junto connosco que nos cabe a nós ter a sensibilidade de o ver, a disponibilidade de o receber, estar presente e atento de que ele é a chave mestra da existência, nele estão todos os segredos, todas as confissões todos os desejos, nele estamos todos juntos como um só e que por mais que fujamos dele por uma corda bamba, diambolando entre o passado e o futuro, se nele não vivermos, viveremos mortos da realidade que a minguem pertence, SÓ A DEUS!

quinta-feira, 14 de junho de 2012


A desgraça bate-nos à porta, convidamo-la a entrar, oferecemos tudo o que temos, pelo que ela aceita e leva tudo com ela e mais alguma coisa.
Ainda demoramos algum tempo a creditar, mas já nada podemos fazer. Adaptamo-nos. Até que ela volta e dá de caras com gente forte e resistente, vai-se embora a rir.
Somos fortes, resistentes, corajosos, adaptamo-nos. Queremos viver em paz entre os mais queridos, queremos ser independentes, não dar trabalho ao outro, para estarmos bem por dentro.
Um dia que a resistência acabe e não tivermos mais foça para nos adaptarmos, ou morremos, ou percebemos que juntos temos problemas em comum, que juntos somos homens de bem que lutam “singularmente” pela felicidade e contra tudo o que dela nos desvia.
Ruben Moreira

domingo, 29 de abril de 2012

Medo

Sou escravo de mim mesmo, a minha luta é libertar-me de quem era, fazer por ser alguém novo, exemplo de liberdade… Não consigo, nem à janela me atrevo, mas a esperança vai e volta e quem sabe, um dia, os raios do sol me levem.

Despedida

- Luta minha filha, luta mas com armas de guerreira, não percas o rumo, a força. Não é fácil remar ao encontro de um destino ambíguo, inoportuno.
Livra-te das memórias menos boas, elas são o espelho do cansaço, do despedaçar da alma, por mais forte que seja a sanidade já mais resistirá ao confronto.
Vem ao meu encontro, mas vem com as mãos lavadas e os pés sangrentos de caminhar. Passa não insistas mas resiste ao numeroso culminar de transparências falsas que como vermes parasitas se tornam armas de pólvora seca, contra ti, tornando-te insana, mecanizando a tua existência inocente. O que te levará à loucura, uma loucura controlada, entranhada e transparente

Qualidade de VIDA

– Eu não tenho culpa alguma no que diz respeito à morte prematura. O homem é o cancro do do mundo e eu sou o cancro do homem. O homem faz parte de um ciclo muito complexo, existe um equilíbrio em toda esta máquina gigante que é o vosso planeta. A inconsciência do homem, focado na evolução, como espécie dominante deste planeta, tem responsabilidades acrescidas para com ele e tudo o que nele existe.
Estou mais que exausto das vossos pequenos conflitos, não tenho qualquer tipo de piedade, também como é que poderia tela, vocês seus cubardes, sua cambada de incompetentes, são nada mais do que seres frágeis à procura de uma explicação para tudo, quando essa explicação apenas tem um fim , a morte. Se esta resposta não é suficiente para vos abrir os olhos, para vos fazer acordar para a realidade do ser-se pessoa, então é porque não são dignos de serem seres dominantes. O controlo das emoções não existe, o controlo dos sentimentos tá muito para lá da vida com que vos contentais. Que puta de qualidade de visa é a vossa? Viver em caixotes com luz, brincam aos deus porque a luz já foi criada por um.
Que caralho de vida é a vossa? Zero nada igual a nada.
Qualidade é ser-se dominado por ficção? Ficção a qual eu dou o nome de dinheiro.
Animais que não vêm nada para alem de sexo, homem e mulher, ficção de racionalidade e controlo das emoções, homem e mulher captados no centro vital, fodam-se uns aos outros, na cama, por dinheiro, no trabalho que não é mais do que microrganismos que faz o senhor dinheiro existir, essas hierarquias dos chefes, subchefes, gerentes, sub-gerentes, empregaditos, todos eles homens e mulheres entregues à escravidão do ciclo vicioso do dinheiro. E os vossos filhos? Sua cambada de drogados bêbedos. Mas isto sim é qualidade de vida, isto sim é lutar por uma vida digna cheia de riquezas, ai se eu fosse homem, havia de vos esbofetear a todos. Onde está o caralho da vossa inteligência?
É pena que só na hora da morte existe uma real reflexão sobre o que foi a vossa vida de bosta seca, tão seca e inútil quanto o DINHEIRO e as vossas massas encefálicas.
Mas a culpa é minha.