sábado, 16 de fevereiro de 2013

Como o sistema nos controla,
Nos leva em pés de algodão,
Nos engana e nos enrola
Com uma chiibata na mão

É como a abelha que dá mel
e nos espeta o ferrão
Anestesia a consciência
E nos congela o coração

Chama-se a isso inocência
Viver apenas de aparência
Pendemos identidade,
Humildade resistência

E enforcamos com cordel
Os que heranças nobres nos deixaram
E que por nós acreditaram
Na justiça na liberdade

Numa possivel felicidade
Uma realidade de igualdade
Sem perconceitos, defeitos ou eleitos
Enquanto não estivermos juntos, estamos desfeitos.

sábado, 9 de fevereiro de 2013

 Aqueles dias de sol, aqueles em que as lembranças de criança surgem de um passado adormecido para me despertar para a realidade do ser-se livre e feliz.
Vou-me transportando pelos dias, percorrendo por entre as horas, procurando, vou tentando conseguir e por vezes consigo.
Tenho sonhos, coisas que ficam para trás, o passa e o futuro não existem e eu quero ser.
Trabalho-me, empenho-me, exponho-me, não dou água a sementes podres, mantenho tudo arrumado para uma festa que nunca se dá.
Pacientemente espero, enquanto não vem o verão, hiberno e quando ele vem só acordo quando termina, estou eternamente anestesiado.
A realidade existe, a minha própria e única realidade esta em que me enclausuro onde me vou deixando estar por não estar completamente parado ou estaria morto.
Frustrante é ter uma máquina que marca duzentos quilómetros por hora mas anda sempre a vinte, faça chuva ou faça sol.
Vou-me cansando para conseguir dormir, pois se assim não o fizesse não sei como aguentaria pensar, pensar, pensar, pensar, pensar. Seria mais fácil ser-se cão ou então permanecer criança para sempre.