sexta-feira, 31 de agosto de 2012

No passado fomos, no futuro seremos, no presente vivemos. Independentemente daquilo que contamos a nós mesmos, do que tivemos coragem e fomos capazes, do que tivemos medo e fomos incapazes, das historias que os outros contam sobre nós ou das historias que contamos a nós mesmos ou então as historias que contamos sobre nós aos outros, deriva aquilo em que acreditamos a nossa visão, na nossa realidade, do nosso intimo e discreto ser.
Acreditamos constantemente, acreditamos e não pomos em causa, porque o que passou nos dá dados concretos do que é a realidade, ou então o que passou foi um mero acaso de acções e condicionantes da real realidade que não é visível apenas numa vertente, num género num individuo, numa verdade, numa realidade.
Podemos, sem pôr em questão, avistar o futuro, ver dentro do passado e imaginar o que dele será, fazer planos, construir castelos, sonhar...
O inevitável existe, o inesperado espera-nos, o indesejado também e nós de-sejamo-lo e tudo corre pelo pior, nada controlamos e queremos descobrir o por quê, voltamos atrás vezes sem conta, só para reconstruir as historias e ver outra ver e outra vez o que já vimos para termos a certeza de que a culpa não é nossa de que somos seguros das nossas acções porque sabemos perfeitamente quem somos e de onde vimos e cometemos o mesmo erro, tornamo-nos parte de um ciclo de 60 segundos uma hora vinte e quatro, 365 dias, a terra em volta de si mesma e à vota do sol ao mesmo tempo. Para nos fazer existir, para nos mostrar que a roda gira e gira e nos fazer lembrar que o presente também existe junto connosco que nos cabe a nós ter a sensibilidade de o ver, a disponibilidade de o receber, estar presente e atento de que ele é a chave mestra da existência, nele estão todos os segredos, todas as confissões todos os desejos, nele estamos todos juntos como um só e que por mais que fujamos dele por uma corda bamba, diambolando entre o passado e o futuro, se nele não vivermos, viveremos mortos da realidade que a minguem pertence, SÓ A DEUS!