sábado, 9 de fevereiro de 2013

 Aqueles dias de sol, aqueles em que as lembranças de criança surgem de um passado adormecido para me despertar para a realidade do ser-se livre e feliz.
Vou-me transportando pelos dias, percorrendo por entre as horas, procurando, vou tentando conseguir e por vezes consigo.
Tenho sonhos, coisas que ficam para trás, o passa e o futuro não existem e eu quero ser.
Trabalho-me, empenho-me, exponho-me, não dou água a sementes podres, mantenho tudo arrumado para uma festa que nunca se dá.
Pacientemente espero, enquanto não vem o verão, hiberno e quando ele vem só acordo quando termina, estou eternamente anestesiado.
A realidade existe, a minha própria e única realidade esta em que me enclausuro onde me vou deixando estar por não estar completamente parado ou estaria morto.
Frustrante é ter uma máquina que marca duzentos quilómetros por hora mas anda sempre a vinte, faça chuva ou faça sol.
Vou-me cansando para conseguir dormir, pois se assim não o fizesse não sei como aguentaria pensar, pensar, pensar, pensar, pensar. Seria mais fácil ser-se cão ou então permanecer criança para sempre.

Sem comentários:

Enviar um comentário