segunda-feira, 14 de março de 2016

Bom Sol

Quando a noite surge, abre-se uma imensidão de pequenas luzes no pensamento, no céu, lá longe, as estrelas com a sua profundidade dizem que estou preso aos meus pés. Será a morte, o escuro infinito sem estrelas?
Quando a terra no seu giro traz de novo a luz do sol e com ela apaga o céu, as estrelas lá longe, invisíveis, suas semelhantes, continuam a brilhar. A terra no seu giro me encolhe, e me estica, com a sua noite e o seu dia, mas eu num movimento de contradição me estico pela noite e me encolho pelo dia.
Bom Sol, que a todo o ser traz alegria, que aquece a pedra que minha mão toca, bela pedra que com ela tem vida.
Bom Sol que tanto ilumina, mas tanto que nenhuma palavra ou teoria explica mais que a simples pedra. Assim se move a terra, sua amante, num movimento continuo, num renascimento constante, que nada explica, simplesmente "é" a morte que renova a vida, a noite que renova o dia.
Lá longe onde moram outras estrelas, mais existe, outras luzes, outras vidas. Como será por lá?
Mas que pergunta, se nem por cá consigo entender.

Sem comentários:

Enviar um comentário